quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Valor da Galp - Take II

A Bacia de Santos, onde a Galp Energia detém participações em vários vários blocos (4 no total), poderá ter 123 mil milhões de barris de petróleo, de acordo com um estudo hoje divulgado no Brasil.
Esta previsão mais que duplica as estimativas oficiais do governo brasileiro.

Quem tem interesse em esconder da opinião pública a verdadeira dimensão das reservas em petróleo da Bacia de Santos?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Valor da Galp

A Bernstein, consagrada consultora financeira inglesa, explica que "ao incorporar uma média de 'net present value' de 7 dólares por barril e ao incluir estimativas de produção para os poços Iara, Caramba, Bem-te-vi e Jupiter, o 'earnings value' do 'upstream' atinge 10,54 Euros, quase a totalidade do valor da Galp".
A Bernstein antecipa uma subida do preço do petróleo para 90 dólares por barril em 2011 e para 102 dólares em 2012.  O preço do gás deverá aumentar de 5,5 dólares para 7 dólares por cada mil metros cúbicos.
O petróleo está a cotar, hoje, a USD 91,5400. E o Brent do Mar do Norte está quase nos 100 dólares (como são cautelosos estes ingleses!)

domingo, 16 de janeiro de 2011

GALP - Jogo Viciado

Salvo erro ou omissão, a ENI é a segunda petrolífera mais endividada do mundo (a 1.ª é a Petrobrás) e por isso está pressionada pelas condições conjunturais actuais a vender a participação de 33,4% que detém na Galp para realizar vultuosas mais-valias e compor o rácio activos/endividamento. Com isso irá ter acesso ao crédito bancário em condições mais vantajosas.

Mas não está disposta a vender a qualquer preço. Ela sabe que o preço do crude vai subir. E que ao subir o preço do crude sobe o valor da Galp com RESERVAS PROVADAS só em Tupi de 830 milhões de barris de altíssima qualidade.

 “Não temos pressa para vender, a empresa continua a ganhar valor e acredito que vai continuar assim no futuro”.

Isto, descodificado, quer dizer rigorosamente o seguinte: não vendemos a participação que temos na Galp de forma condicionada e fora das condições de mercado.

O Estado, através da CGD com apenas 1% das acções, está a ditar as regras do jogo: diz quem pode e quem não pode comprar essa participação e diz em que condições pode a Sonangol comprar. Só falta mesmo ser o Estado a fixar o preço.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eike Batista

O vendedor de sonhos
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Brasileiro. 52 anos. O homem mais rico do Brasil e o 8.º mais rico do mundo.
Numa sexta-feira, dia 13, fez uma IPO de acções (Oferta Pública Inicial) na BOVESPA  da OGX, criada um ano antes, e captou  4 mil milhões de USD no mercado de capitais.
No fim do dia a empresa passou a valer em bolsa 23,6 mil milhões de USD, pertencendo-lhe 14 mil milhões de USD.
Activos da empresa: 21 blocos de exploração de petróleo na bacia de Santos e na bacia de Campos, pelos quais pagou a espantosa quantia de 1,5 mil milhões de Reais e onde não havia nem uma gota confirmada de petróleo. 
Ele e os seus colaboradores,  geólogos e gestores, pagos a peso de ouro,  que foi «roubar» à Petrobrás e à Vale do Rio Doce, deram a volta ao mundo a convencer os potenciais investidores das potencialidades em ouro negro da bacia de Campos. E, do dia para a noite, por artes mágicas, tornou-se multimilionário.
Gastou, recentemente,  somas colossais na prospecção de petróleo com resultados medíocres, até hoje, pelo menos (a Galp tem à sua conta Reservas Provadas de crude superiores à OGX com um investimento infinitamente menor). Os 3 últimos furos na bacia de Campos da OGX foram furos secos.
Antes desta operação já tinha feito outras outras operações na Bolsa de S. Paulo, igualmente bem sucedidas:  uma IPO da MMX, uma empresa detentora de algumas licenças de exploração de minério de ferro mas que  não produzia nem um grama de minério de ferro. Sacou no mercado de capitais 1,1 mil milhões de reais por 32% das acções. 
A sua  empresa de geração de energia, a MPX, praticamente sem activos mas com muitos projectos em carteira, seguiu o mesmo caminho e com igual sucesso. 
A  LLX, empresa de logística, outro sucesso na sua colocação em bolsa.
Vaidoso, ambicioso, exibicionista, rico assumido, generoso para com os seus colaboradores, cultiva o «high profile». Fala com tal entusiasmo do Brasil e do seu potencial em criar riqueza que tem rendidos aos seus pés os chineses, os sul-coreanos, a anglo american com quem fez negócios milionários, a city londrina,  e os meios de comunicação social americanos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Chineses de olhos ... na GALP

Os activos petrolíferos da Galp, no Brasil, estão na mira de grandes multinacionais chinesas, nomeadamente da Petrochina, da Sinopec e da CNOOC, noticiou hoje o “Diário Económico”.

A Galp precisa investir mais de 5 mil milhões de Euros nos próximos 5 anos, sobretudo por causa dos investimentos no pré-sal da Bacia de Santos (1). E os accionistas de referência da GALP (o Estado português, Américo Amorim e a ENI) não estão em condições ou com vontade de colocar dinheiro fresco na Galp. Dado que é inviável o recurso a um empréstimo desta dimensão só lhes resta uma saída: venda de activos ou constituição de uma consórcio com outros investidores para obter a liquidez necessária.

Existem sinais preocupantes de que Américo Amorim quer desinvestir na Galp. O homem não tem garra, não tem ambição, não acredita no amanhã. Porque será?

E os chineses, melhor dizendo as  grandes multinacionais chinesas ligadas ao petróleo, estão na primeira linha. Vamos ver o desenrolar dos próximos capítulos.

 (1) A Bacia de Santos poderá estar a produzir nessa altura e depois de instaladas e a funcionar as 10 (dez) plataformas previstas cerca de 1 milhão de barris de crude por dia e muitas, muitas  dezenas de milhões de metros cúbitos de gás.

domingo, 9 de janeiro de 2011

A GALP vai nadar em petróleo e gás em 2014.

Petrobrás, na qualidade de operadora dos Blocos BMS-11 e BMS-9, contratou duas novas plataformas do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás) destinadas aos projetos-pilotos da área de Guará-Norte (BMS-9) e do campo de Cernambi (BMS-11) 
Cada um dos FPSOs terá capacidade de produzir, diariamente, até 150.000 barris de crude e 8 milhões de m3 de gás. A previsão é que estejam operacionais em 2014.
A GALP tem direito (quota-parte) a 5,475 milhões de barris por ano de crude  e 282 milhões de m3 de gás (quota-parte do poço de Cernambi do Bloco BMS-11). E quase outro tanto do poço em Tupi (agora rebaptizado de Lula).
E crude de altíssima qualidade.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O segredo é a alma do negócio

Bom indicador para o valor e potencial de valorização das acções da Galp (activos no Brasil)

  • Participação em parceria com a Petrobras em 22 projectos, 17 offshore e cinco onshore, num total de 36 blocos dispersos por sete bacias;
  • Área total dos blocos: 20.326 km2;
  • Operação de 11 blocos, concentrados no onshore das bacias Potiguar e de Sergipe-Alagoas;
  • Participação em 5 das 10 descobertas na bacia de Santos, que é uma zona com um elevado sucesso de exploração;
  • Participações da Galp nos  Blocos do Pré-sal brasileiro (Bacia de Santos 1):
  • 10% no consórcio que explora o BM‐S‐11 (Tupi)  - Reservas Provadas:  8, 3 mil milhões (830 milhões de barris de crude só à conta da Galp). A BG (BG Group) acha que as reservas são superiores.
  • 14% no consórcio que explora o BM‐S‐8 (Bem-te-vi) - Já foi detectado petróleo leve de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre, numa perfuração feita em 2008. Reservas desconhecidas. Continuam as explorações.
  • 20% no consórcio que explora o BM‐S‐24 (Júpiter) -  Crê-se com reservas  de gás natural e petróleo da mesma ordem de grandeza de Tupi. Continuam as explorações.
  • 20% no consórcio que explora o BM‐S‐21 (Caramba) - prossegue o plano de avaliação da descoberta realizada em 2007.
  • Todos estes blocos ficam junto ao bloco BM-S-11 (TUPI) com Reservas Provadas de 8,3 mil milhões de barris de crude e do Bloco BM-S-9 (Carioca) com reservas estimadas de 33 mil milhões de barris de crude (ver imagem).

(1) Com uma reserva potencial estimada entre 50 Mil Milhões de Barris (conservadora) e 340 Mil Milhões de Barris (optimista)