Salvo erro ou omissão, a ENI é a segunda petrolífera mais endividada do mundo (a 1.ª é a Petrobrás) e por isso está pressionada pelas condições conjunturais actuais a vender a participação de 33,4% que detém na Galp para realizar vultuosas mais-valias e compor o rácio activos/endividamento. Com isso irá ter acesso ao crédito bancário em condições mais vantajosas.
Mas não está disposta a vender a qualquer preço. Ela sabe que o preço do crude vai subir. E que ao subir o preço do crude sobe o valor da Galp com RESERVAS PROVADAS só em Tupi de 830 milhões de barris de altíssima qualidade.
“Não temos pressa para vender, a empresa continua a ganhar valor e acredito que vai continuar assim no futuro”.
Isto, descodificado, quer dizer rigorosamente o seguinte: não vendemos a participação que temos na Galp de forma condicionada e fora das condições de mercado.
O Estado, através da CGD com apenas 1% das acções, está a ditar as regras do jogo: diz quem pode e quem não pode comprar essa participação e diz em que condições pode a Sonangol comprar. Só falta mesmo ser o Estado a fixar o preço.
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