sábado, 15 de janeiro de 2011

Eike Batista

O vendedor de sonhos
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Brasileiro. 52 anos. O homem mais rico do Brasil e o 8.º mais rico do mundo.
Numa sexta-feira, dia 13, fez uma IPO de acções (Oferta Pública Inicial) na BOVESPA  da OGX, criada um ano antes, e captou  4 mil milhões de USD no mercado de capitais.
No fim do dia a empresa passou a valer em bolsa 23,6 mil milhões de USD, pertencendo-lhe 14 mil milhões de USD.
Activos da empresa: 21 blocos de exploração de petróleo na bacia de Santos e na bacia de Campos, pelos quais pagou a espantosa quantia de 1,5 mil milhões de Reais e onde não havia nem uma gota confirmada de petróleo. 
Ele e os seus colaboradores,  geólogos e gestores, pagos a peso de ouro,  que foi «roubar» à Petrobrás e à Vale do Rio Doce, deram a volta ao mundo a convencer os potenciais investidores das potencialidades em ouro negro da bacia de Campos. E, do dia para a noite, por artes mágicas, tornou-se multimilionário.
Gastou, recentemente,  somas colossais na prospecção de petróleo com resultados medíocres, até hoje, pelo menos (a Galp tem à sua conta Reservas Provadas de crude superiores à OGX com um investimento infinitamente menor). Os 3 últimos furos na bacia de Campos da OGX foram furos secos.
Antes desta operação já tinha feito outras outras operações na Bolsa de S. Paulo, igualmente bem sucedidas:  uma IPO da MMX, uma empresa detentora de algumas licenças de exploração de minério de ferro mas que  não produzia nem um grama de minério de ferro. Sacou no mercado de capitais 1,1 mil milhões de reais por 32% das acções. 
A sua  empresa de geração de energia, a MPX, praticamente sem activos mas com muitos projectos em carteira, seguiu o mesmo caminho e com igual sucesso. 
A  LLX, empresa de logística, outro sucesso na sua colocação em bolsa.
Vaidoso, ambicioso, exibicionista, rico assumido, generoso para com os seus colaboradores, cultiva o «high profile». Fala com tal entusiasmo do Brasil e do seu potencial em criar riqueza que tem rendidos aos seus pés os chineses, os sul-coreanos, a anglo american com quem fez negócios milionários, a city londrina,  e os meios de comunicação social americanos.

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